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8 comments:

  1. Então, fui aos poucos me transformando naquelas memórias: um pouco lívida, um pouco ruído, um pouco terra... o cheiro de Pinho Sol com dama-da-noite era o que mais me incomodava.

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  2. "eu, que no exercício constante do dia-a-dia foco-me e desfoco-me; eu, que vivo na inquietação errante de quem busca sempre um novo olhar para extrair da vida sua potência; eu, que coloco-me aqui no instante-já dos entre-olhares, dos entre-lugares, das entre-imagens; eu, que me des(re)velo entre feixes e fendas, bambus que riscam minha auto-imagem, revelo-me agora instavelmente fragmentada..."

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  3. Eu tava com uma dor no oco do peito ainda agorinha. Eles disseram que eu tô louco, que vão me mandar pro hospício se eu não parar de gritar. Eu prometi que não incomodo mais. Mas que me deixem ir pra roça amanhã bem cedo. Eles sabem: eu trabalho dia inteirinho sem descanso, não amolo ninguém. O que me desconsola e me deixa perdido no mundo é quando ela não vem me ver. Igual hoje.

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  4. ¨Vení, acercate. Hay obstáculos, pero podes verme. No pueden decir que me escondí. Sí que me cubrí. ¿A quién le es fácil exponerse? Yo me cubro, de alguna manera, me protejo. Algo de miedo, algo de juego también. Pero acá estoy. Acá. Vení.¨

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  5. Chegou, morou, trabalhou e fez família. Enfim, criou raízes, mas tão profundas que só quem era dalí (mas de verdade) podia se parear.

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  6. qqisso? porque você quer ser artista? porque você quer ser cantor? o campo precisa de gente, não mais agricultor...

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  7. Eu ia e vinha todos os dias da escola sem saber que atras daquele mato havia algo que me seduzia. Eu não sabia o por quê de tudo. Era uma mata de bambuzinhos, arvores e algo tão pequeno, mas pelo que me contaram ninguém entrava lá. Eu sonhava com outras vidas e um lugar inabitado ali por trás, mas tinha medo de me perder ou de me perderem. Um dia meus amigos me deixaram e tive que voltar sozinha, já tarde, para casa, pensativa e ao mesmo tempo irritada com meus colegas que me deixaram para trás nem me lembrei do desafio que teria de enfrentar. Foi só quando deparei com a pequena mata que vi o quão perigoso se tornara meu destino. Com súbito impulso me atirei ali dentro e lembro que me perdi. As árvores pareciam me olhar e me acompanhar a cada passo, meu coração parado, minha face branca, meu suor frio. Tudo me fez estátua por uma noite, eu não conseguia falar e então me lembro esquecer. A única coisa que me lembro foi quando me vi em mim novamente já era de manhã, estava em pé como uma estátua novamente. Só consegui correr e encontrar a estrada de volta pra casa.

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  8. Núria de Calella9/29/2012 6:21 am

    Voldria que em veiessis tal i com sóc, així, desdibuixada, canviant, borrosa, entre els rizomes. Segueixo aquí, respirant, mirant endavant. Decidiré si em quedo quieta. Decidiré si em moc. Ballaré o tant sols faré un pas? Emprendré un camí que encara no he traçat o esperaré que arribi la pluja i em negui. Si m'assec, em sortiran arrels i vindran els ocells a fer niu dins els meus cabells. Si salto, emprendré el vol. Quan marxi, ja no tornaré.

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